sexta-feira, 9 de março de 2012

Quem sou eu?


Está mais que claro que a meditação traz benefícios para a alma e para o corpo. Hoje em dia até a medicina apóia essa idéia.
Mas, sem entrar no mérito de quando encontrar tempo para fazer, como e porquê, a meditação sempre me ajudou em todos os momentos da minha vida, inclusive durante a gravidez (no pós-parto eu confesso que não fazia - apesar de que contemplar bebês recém-nascidos é uma espécie de meditação tbm).
E são nesses momentos que vêm os famosos insights, ou idéias "brilhantes" que vão nos servir para alguma coisa.
E hoje eu tive, se não um insight, uma idéia muito boa, que me fez um bem danado...
Comecei a pensar em quem eu realmente era, sem as experiências que tive até hoje, sem passado, sem futuro ou lancheira para preparar, sem cabelo ou unha por fazer, sem corpo, sem marido, sem família, sem filhos...
Quem EU realmente era?
E foi aí que eu senti uma sensação extremamente boa, de leveza, de calma, transparência, como se eu fosse um balão de gás subindo, subindo...
Por alguns momentos meu corpo ficou tão leve (ou tão pesado) que parecia que não estava mais lá.
E eu fiquei assim, o máximo de tempo que eu pude, sem pensar em nada, sem a famosa culpa de mãe, que nos vigia dia e noite, longe do celular e da "vida real".
Foi nesse instante que alguém gritou: MANHÊÊÊÊÊÊ!!!!
E eu tive que voltar. Mas voltei feliz, sabendo que EU continuo lá, do jeitinho que sempre foi, apesar de toda a gostosa loucura que a maternidade traz para a vida da gente, apesar de às vezes esquecermos que somos alguém ou que já fomos algum dia, apesar disso tudo, ainda estamos lá, guardadas num cantinho, só esperando a hora de uma nova visita.
E você, já parou para se perguntar quem você realmente é?

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